sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Pregue o evangelho para si.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A MULHER INVISÍVEL



domingo, 13 de março de 2011

Texto do meu amigo André Venancio

Pessoal, gostaria de compartilhar com vocês o texto do meu amigo, o André Venâncio, neste texto comovente ele relata seu momento único de sofrimento e de seu reconhecimento da graça de Deus sobre a vida dele e da esposa.


Segue o texto e o link.

Dezenove semanas de amor

"Os mandamentos de Deus são melhor lidos por olhos úmidos de lágrimas."(Spurgeon)

Soubemos da gravidez de minha esposa no começo de outubro, dias depois que um estranho mal-estar, ocorrido durante o culto dominical matutino, nos levou a suspeitar dessa possibilidade. Foram momentos de intensa alegria. Pouco tempo depois, no entanto, a ocorrência de alguns sangramentos ameaçou a nova vida humana que se instalava entre nós. A médica recomendou o repouso absoluto da Norma, o que significava sair da cama só para ir ao banheiro. Além da dedicação necessária ao novo emprego, precisei encarregar-me das compras, dos gatos, das tarefas da cozinha (que foram a pior parte), de levar à cama tudo de que ela precisasse, desde água até cotonetes - de todos os detalhes, enfim. Eu deixava o café da manhã semipronto para ela antes de sair para o trabalho, vinha correndo na hora do almoço com comida comprada em algum lugar para comer com ela e voltar correndo ao trabalho, e sobrou-me um tempo praticamente nulo para qualquer outra coisa. A pesada carga de tarefas que se abateu sobre mim só não foi pior que a total ausência de tarefas de minha esposa, que enfrentou o desafio oposto: sem poder sequer se sentar, restaram-lhe o tédio da quase total imobilidade e, ao menos em parte do tempo, a solidão. Além disso, tivemos de suspender o sexo e abrir mão de algumas noites de sono, no todo ou em parte. Muitas pessoas oraram por nós três em muitos lugares. Tudo isso deu resultado: os sangramentos pararam e a placenta voltou ao normal. A ultrassonografia seguinte nos permitiu respirar aliviados.


Em dezembro, na décima quarta semana de gestação, os exames revelaram uma hidropsia fetal, um acúmulo de fluidos no corpo do bebê que podia impedir o desenvolvimento adequado dos órgãos, levando à morte. Desta vez, porém, exceção feita às orações, não havia nada que pudesse ser feito. Sem perder a esperança, mas também sem qualquer garantia quanto ao futuro, passamos o Natal e o Ano Novo na expectativa do que os novos exames revelariam na primeira semana deste mês. E eles trouxeram más notícias: a hidropsia progrediu, tomando todo o corpo do bebê, incluindo a região do coração e dos pulmões. Vimos na tela do ultrassom, cheios de tristeza, o corpinho deformado pelo inchaço generalizado. No dia 13 de janeiro, um novo exame revelou que o coração já batia com fraqueza e lentidão, prenunciando a morte iminente. E dois dias depois, no dia em que a gravidez completaria dezenove semanas, foi enfim constatada a morte do nosso bebê. Trocamos bem poucas palavras no trajeto para casa e, tendo chegado, fizemos a única coisa que havia a fazer: abraçamo-nos e choramos longa e dolorosamente.


Naquele mesmo dia, lembrei-me do único poema que já li sobre um bebê morto antes do nascimento, escrito pelo inglês G. K. Chesterton (1874-1936). Sempre o considerei um belo poema; nele o bebê expõe a situação de sua própria perspectiva, imaginando, das trevas do ventre materno, como seria sua vida neste mundo, se tivesse chegado a nascer. Transcrevo-o abaixo. Fiz uma tradução, não muito boa, mas suficiente para os leitores que porventura não saibam ler em inglês. Aos que sabem, recomendo a leitura do original, que se encontra logo em seguida.


Pelo bebê que não nasceu

Se as árvores fossem altas e a grama baixa,

como em algum conto maluco,

se aqui e ali houvesse um mar azul

que se estendesse para além do horizonte,


se um fogo constante pendesse no ar

para me aquecer o dia todo,

se cabelos verdes crescessem nas colinas,

eu sei o que eu faria.


Na escuridão eu vivo, sonhando que existem

grandes olhos, amáveis ou frios,

e ruas tortuosas, e portas silenciosas,

e homens vivendo por trás delas.


Que venham as tempestades: viver uma hora

tendo saído à luta e às lágrimas

é melhor que todas as eras em que tenho

governado os impérios da noite.


Penso que se me deixassem

entrar e ficar no mundo,

eu seria bom durante o dia todo

que passasse nessa terra encantada.


Eles não ouviriam de mim uma palavra sequer

de egoísmo ou de desdém,

se eu apenas tivesse encontrado a porta,

se eu apenas tivesse nascido.


By the Babe Unborn


If trees were tall and grasses short,

As in some crazy tale,

If here and there a sea were blue

Beyond the breaking pale,


If a fixed fire hung in the air

To warm me one day through,

If deep green hair grew on great hills,

I know what I should do.


In dark I lie; dreaming that there

Are great eyes cold or kind,

And twisted streets and silent doors,

And living men behind.


Let storm clouds come: better an hour,

And leave to weep and fight,

Than all the ages I have ruled

The empires of the night.


I think that if they gave me leave

Within the world to stand,

I would be good through all the day

I spent in fairyland.


They should not hear a word from me

Of selfishness or scorn,

If only I could find the door,

If only I were born.


Amo esse poema porque ele capta de maneira mui sensível, além de literariamente magistral, a razão pela qual a vida humana deve ser preservada desde o ventre - e, por conseguinte, denuncia com toda a força a hediondez do crime que é o aborto. O poema evoca oportunamente o velho tema da pureza infantil. Não se pode prever que tipo de personalidade humana emergirá daquele misterioso organismo. É deveras pertinente a consideração feita pelo bebê do poema sobre sua própria bondade: se ninguém pode acusá-lo de crime algum, não é justo condená-lo. Ninguém tem o direito de sentenciar um feto à morte, nem de julgar em nome dele se esta lhe é preferível à vida. Acima de tudo isso, paira o fato óbvio (ou que deveria sê-lo) de que uma vida humana não pertence a nenhum outro ser humano.


Naturalmente, nada do que acabo de dizer descreve bem a situação de nosso filho. A principal diferença reside no fato de que ninguém lhe fez mal algum, nem pretendeu fazê-lo. Ao contrário, nosso bebê foi muito amado, e fizemos tudo o que pudemos - e que, na verdade, não foi tanto assim - para conservá-lo conosco. Foi o próprio Deus quem o levou, e ninguém mais. E isso faz toda a diferença, pois Deus, na qualidade de autor da vida, é o único que tem direitos irrestritos sobre ela. Oito meses atrás, ao redigir a página de agradecimentos de minha dissertação de mestrado sobre o diagnóstico de doenças em laranjeiras, fiz uma menção algo bem-humorada ao
"Deus Trino, Autor de toda vida, humana ou cítrica". Eu nem sonhava em quão cedo as pesadas implicações desse fato se manifestariam em minha própria família. O Senhor exerceu seu direito exatamente conforme a descrição de Moisés em seu famoso salmo sobre a transitoriedade da vida humana: "Tu reduzes o homem ao pó e dizes: tornai, filhos dos homens". O versículo evoca com fidelidade a linguagem do Gênesis, na ocasião em que Deus amaldiçoou Adão: "No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás". Moisés se referia ao poder que Deus possui e exerce de fazer tornar ao pó a vida humana que Ele mesmo criara - dezenove semanas antes, no caso em questão. E aqui nosso dever é o de responder como Jó, que não perdeu um bebê no ventre, e sim dez filhos já crescidos, além de todos os seus muitos bens: "o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor".

Da mesma forma, diante da santidade de Deus não cabem considerações sobre a pureza das crianças, ou de quem quer que seja. A revelação divina não endossa os desvarios de alguns pensadores sobre uma suposta neutralidade moral inata do homem.
"Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe": eis o testemunho bíblico acerca do estado moral do bebê, do feto, do embrião, do zigoto. O poema de Chesterton fornece, por contraste, evidência adicional desse fato. Ele apresenta com grande beleza o sentimento de intensa gratidão que deveria inundar a vida de todo ser humano que tem o privilégio de vir a este mundo. Apesar de todos os terríveis efeitos do pecado, este universo é de fato tão belo que as promessas de bondade e de evitar toda palavra "de egoísmo ou de desdém"deveriam ser levadas muito a sério por todos os homens. Entretanto, não há uma criança - e muito menos um adulto - que não tenha agido precisamente da maneira oposta. As bem-intencionadas promessas do bebê do poema não enganam o observador arguto de nossa natureza. Nosso filhinho era um miserável pecador que, se não cometeu pecado algum, foi apenas por falta de oportunidade. Se Deus o tivesse conservado com vida, o combate constante à sua depravação, em atos e em orações, teria sido, por longo tempo, uma das prioridades fundamentais de nossa vida.

Não deve ser difícil notar que esta breve exposição teológica não tem nenhum componente abstrato e distante da realidade, especialmente para nós, os pais do bebezinho morto. E, longe de agravar nosso sofrimento, a convicção acerca desses dois pontos fundamentais da fé cristã - a soberania divina e a depravação humana - nos abre as portas para a mais sólida alegria possível numa situação como esta. Nosso bebê é um filho da aliança; é, portanto, um santo, não por alguma pureza que possuísse em si, mas por uma causa eficiente muito mais sólida e perene: a pureza de Cristo - o Cristo cuja gloriosa face minha criança veio a contemplar antes de mim. De modo que não posso deixar de me sentir alegre ao repetir as milenares palavras de Davi:
"Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim".

Esse episódio tem me levado a pensar com frequência naquele audacioso repúdio do apóstolo Paulo a toda proporção entre as obras dos santos e a recompensa que recebemos de nosso Senhor:
"nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação". Isso é verdadeiro de modo mui evidente na curta vida de meu filho, cujo único sofrimento foi uma hidropsia que não durou mais que algumas semanas. Os poucos gramas de fluido acumulado em seu corpinho lhe são agora, no máximo, uma lembrança muito leve. Quando penso no contraste entre a nulidade de suas realizações e a glória de seu destino final, agiganta-se aos meus olhos a manifestação da graça de Deus em sua pequenina vida, e por um momento quase cedo à tentação de invejá-lo. Mas não há o que invejar, já que minha própria condição é idêntica à dele. Meus méritos não são maiores, e tampouco é menor a eficácia da graça de Deus em mim. Se não sou capaz de ver isso com igual clareza em meu próprio caso, é apenas porque minha visão ainda se encontra turvada pelo pecado. A vinda e a partida de meu filho me levaram a uma compreensão mais profunda da misericórdia divina. Nos momentos de maior lucidez, ao menos, vejo que meu bebê e eu estamos exatamente na mesma situação. Nossa recém-formada família já se encontra dividida pelo abismo da morte, mas está unida para sempre sob o cetro de um mesmo Rei, sob a sombra do mesmo amor derramado na cruz.

Nada disso anula nosso sofrimento. Há tempo para tudo, e agora é tempo de chorar. E temos chorado. Minha esposa e eu lutamos pela vida de nosso filho, conversamos com ele, oramos por ele, choramos por ele e sonhamos com ele. É claro que sentimos saudades dele. E é claro que foi para mim uma experiência dolorosa ver seu corpinho sem vida e deformado pela hidropsia. Já vi muitos defuntos, mas nunca vira a morte de tão perto. Jamais ela atingiu alguém que estivesse tão junto ao meu coração e ao meu corpo. Em decorrência disso, a morte me é hoje uma entidade menos abstrata. Agora tenho uma compreensão mais exata do quanto ela é terrível e do quanto são tolos aqueles que procuram jamais pensar nela. Vislumbrei o justo desespero que eu sentiria diante da morte se esse último inimigo não tivesse sido derrotado por Cristo na cruz. Mas é exatamente porque não posso desconsiderar esse evento que a tristeza não pode ir além de certo ponto. Nesta hora de lágrimas, a vitória que Cristo conquistou para minha família não é mero consolo, e sim causa de uma intensa e positiva alegria que coexiste com a dor em meu coração.


Sofro porque meu filho partiu tão cedo, pela intimidade que não chegamos a ter, pelas muitas alegrias (e algumas dores de cabeça) que não terei mais, por tudo o que eu teria aprendido com ele, por todos os momentos com que sonhei e que jamais acontecerão. É como se nossa vida tivesse empobrecido de repente. É justo chorar por tudo isso. Mas não há nenhuma necessidade de chorar por meu bebê, como se ele fosse uma vítima inocente de um destino cruel, nem de queixar-me das injustiças deste mundo, no qual tantos perversos incorrigidos passam vidas longas e saudáveis. A verdade é o oposto exato disso tudo: meu filho se foi deste mundo mau sem que ninguém lhe tivesse feito mal algum. Deus foi maravilhosamente bom para ele. Sua morte foi preciosa aos olhos de meu Senhor, que o alcançou com sua graça salvadora. Todo pai deseja que seu filho seja bem-sucedido. Pois o meu foi, naquilo que pode haver de mais importante. E isso muito me alegra nesta hora de lágrimas.

Esse texto foi escrito por André Venâncio, no blog Retratos por Escrito

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

UNIVERSIDADE MACKENZIE: EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO RELIGIOSA

A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.

Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.

Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.
Para ampla divulgação.

sábado, 24 de abril de 2010

O primeiro pastor brasileiro (Os Presbiterianos e o Brasil 03)

Nem todos sabem, mas o primeiro pastor brasileiro era um padre católico, o seminário presbiteriano de campinas carrega o nome desse grande homem de Deus o qual abriu caminho para a evangelização no Brasil, José Manoel da Conceição.
No final do ano de 1865, foi organizado o primeiro presbitério brasileiro, presidido por Simonton. Presente na reunião de, José M. Conceição, tornou conhecida sua vontade de ordenar-se ministro do Evangelho de Jesus Cristo. Conceição respondeu de forma satisfatória sobre suas reais motivações em se tornar ministro do Evangelho, adotando a confissão de fé Presbiteriana, professando-se levado unicamente pelo sentimento de dever e pelo desejo de contribuir para a salvação das almas e a glória de Jesus Cristo.
Conceição deveria fazer o sermão de prova no dia seguinte e deveria expor o texto de Lucas 4:18-19, a ordenação seria no mesmo dia às 17hs.
Em resposta a um critica de um periódico católico, seguem alguns trechos da resposta de Conceição.
“ Seria, porventura, possível combater os erros e abusos do romanismo permanecendo membro do mesmo? A história, tanto sagrada quanto profana, nos responde: é impossível!”
A quem o aconselhasse, então, a retirar-se para o silêncio, responde:
“O ultimo mandamento dirigido por nosso Senhor à sua Igreja, antes de subir para o céu, impõe uma obrigação a todo seu discípulo. A promessa que acompanha o mandamento compete a todo servo de Jesus. Ei-lo: “Ide, pois, e ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espirito Santo, ensinando-os a observar todas as coisas que vos tenho mandado: e estai certos de que estou convosco todos os dias, até à consumação do século ”

E conclui da seguinte forma:

"Quando me tem sido possível, tenho procurado cumprir com este mandamento. Jesus tem sido fiel à Sua Palavra. Tem-se realizado a promessa de sua presença comigo."

Fonte: História da Igreja Presbiteriana do Brasil, volume 1, Júlio Andrade Ferreira

Os Presbiterianos e o Brasil 02

O trecho que segue abaixo, é uma circular, considerada por Temudo Lessa a primeira pastoral aos presbiterianos brasileiros, no ano de 1876, na terceira reunião do presbitério primitivo.
Ao lermos o trecho, percebemos que a cultura corrente do Brasil permanece, em certo sentido, inalterada.

Schneider escreve é uma voz profética.

“O país é chamado cristão; os habitantes chamam-se cristãos; templos dedicados ao culto encontram-se em toda parte; os nomes de Deus e de Jesus, seu Filho, são conhecidos, e, contudo o povo não conhece o Evangelho...”

Fonte: História da Igreja Presbiteriana do Brasil, volume 1, Júlio Andrade Ferreira

Os Presbiterianos e o Brasil 01

Depois de muito tempo sem nada postar em função de grandes mudanças decidi, que já era hora de escrever alguma ou apagar de uma vez por todas esse blog.

Um amigo meu ganhou uns livros antigos de uma senhora da igreja, como alguns dos livros estavam repetidos em sua biblioteca pessoal, resolveu me dar alguns. Dentre os livros um me chamou atenção e me coloquei a lê-lo com gosto e zelo.
Se antes eu criticava com veemência aqueles que falavam do que não conheciam, agora o farei com mais ênfase ainda, falo da história missionária da Igreja Presbiteriana, nos próximos posts passarei a escrever alguns trechos do livro, aqueles que julgo mais relevantes.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Avatar é chato!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Calvino e as Escrituras

"Como filho de seu tempo, lutando contra séculos de interpretação alegórica e tendenciosa, Calvino deu passos visíveis em direção contrária. Ele afirma que “O verdadeiro significado das Escrituras é aquele que é natural e óbvio”. A habilidade em ir “da mera letra, além” e observar a intenção das palavras e seu autor é fundamental para qualquer intérprete e, principalmente, para aqueles que vão interpretar as Escrituras."


Encontrado no Trento na lingua

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Cosmovisões fracas produzem cristãos fracos.

quarta-feira, 4 de março de 2009

500 anos de Calvino

Só pra lembrar!

sábado, 25 de outubro de 2008

Diálogos (1)

. . . . . .
Cris says:
_Rsrsrs! Quem sabe?
Alexsandro says:
_Sei não.
Cris says:
_Só o Deus Vivo e Verdadeiro...
Alexsandro says:
_É Verdade.
Cris says:
_Agora o deus do Teísmo aberto não sabe!
_Será uma surpresa para ele...
Alexsandro says:
_É hahahah!!!
Cris says:
_Ele torce pra que dê tudo certo!!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ultimas

Bem, sem mais justificativas pela ausência de posts, nesta seguna feira, passei por uma pequena cirurgia com o objetivo de retirar um pequeno tumor na parte posterior na minha coxa direita, nada demais apesar dos vários pontos e de uma semana de molho. Quando passamos por algo assim damos muito mais falor a anestesia do que de costume.

Caso queiram ler boas coisas visitem o blog do meu querido amigo André Venâncio. Vejam também o blog de um outro amigo Gustavo Nagel.

Nas minhas andanças encontrei um outro blog lusitano que muito me agradou, confiram: http://subcristao.blogspot.com/.

Acabo de ver pela televisão o desfecho do sequestro de uma moça em São Paulo, e fico impressionado com a burrice e sensacionalismo da imprensa brasileira.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Pregação

“Eu me empenho com toda veemência de palavra com o propósito de desarraigar e expulsar do coração e da vida deles um mau tão cruel e inveterado. Não foi, contudo, quando ouvi os aplausos, mas quando vi as lágrimas deles que achei que tinha produzido efeito. Pois o aplauso mostra que eles foram instruídos e se deleitaram, mas as lágrimas, que foram subjugados ”

Comentário de Agostinho, feito no capitulo 24 do seu tratado homilético, onde menciona a reação que anelava com sua pregação.

É um objetivo bem diferente dos que vemos hoje em muitos pregadores, ainda precisamos de Agostinhos.

Santificação

Agora podemos indagar: Qual é a natureza da santifcação lavrada nos crentes?
É uma santificação pessoal... uma santificação real... de toda a natureza, tanto corpo como da alma.
Não é uma santificação para ser completada nesta vida. A obra prossegue por toda a vida do crente, e não é terminada antes da morte... Paulo constantemente falava de si como ainda lutando contra o poder do pecado, como não havendo ainda alcançado, como golpeando seu corpo e submetendo-o a fim de não ser rejeitado. E assim nos proporciona, na descrição de sua experiência, um modelo do que é universalmente conhecido como pertinente a todo cristão...
(Mas) a santificação parcial desta vida é também progressiva... é o desenvolvimento da semente plantada, que constantemente produz folhas novas e novos frutos; ela cresce com um maior conhecimento intelectual da verdade de Deus, com uma percepção mais clara da pecaminosidade e da corrupção humanas, com uma fé mais forte, uma esperança mais viva, e uma segurança maior da aceitação de Deus, com uma concepção mais franca do amor sacrificial de Cristo, e com uma crença mais realizadora em sua presença constante, e o conhecimento do que fazemos. Ela aumenta a partir de sua propria força adquirida, e através do sofrimento e da ação na qual se desenvolve... as tentações e as lutas entram nesse progresso, e não apenas elas, mas até mesmo os pecados e falhas que arruínam a vida cristã. O processo de santificação é como a subida de uma montanha. A pessoa vai sempre em frente, embora nem sempre para cima, ainda que a finalidade do movimento progressivo, qualquer que seja ele, seja atingir o cume. Às vezes, por causa das dificuldades, a própria trilha desce, apenas para mais facilmente voltar a subir... Amiúde se teme não haver subido; freqüentemente se pensa que é um descer contínuo, até que, por acaso, obtém-se um ponto de vista do qual se pode mirar a planície onde começou a viagem, e contemplar a altura que já se atingiu. Muitas vezes, com os pés cansados e o coração desanimado, o viajante encontra-se à beira do desespero por causa de sua própria fraqueza e das dificuldades que o rodeiam. Mas ele empurra-se severamente adiante, e a jornada é completada; a escalada é feita e o fim, alcançado.

“Santificação”, Abstract of Systematic Theology, 1887 James P. Boyce

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